sexta-feira, 17 de abril de 2009

Contando para a "Melhor amiga"

É... Descobri (leia-se: aceitei) que gostava de meninas!
Graças a minha paixão a primeira teclada pela garota Lobo-mau (desculpa, não achei nome melhor...). Já tinha uma nova irmã/cúmplice que sabia tudo que eu estava "descobrindo"... Mas... E minha “melhor amiga”?!

Tinha tentando uma vez conversar com ela sobre "esse assunto", mas o constrangimento e a falta de certezas me fizeram “dar pra trás” enrolei, enrolei e fugi do assunto. (aliás, mais de uma vez...)

Mas naquele momento, apaixonada, quase namorando, tinha chegado o dia D, a hora H, o momento X (pela lógica não tinha que ser momento M?). Precisava falar para ela!

Como de costume, chamei a... (Momento pra pensar num nome... [...] Já sei!) chamei a Joaninha (=D) pra uma pedalada.

Lembro que naquele dia troquei de roupa calmamente, levei 5 minutos a mais enchendo os pneus da bicicleta e demorei 2 minutos escolhendo o que calçar (entenda que geralmente eu não levo nem 10 minutos para fazer tudo isso junto! xD).

Cheguei à casa da Joaninha determinada (melhor falar logo antes que perdesse a coragem de novo). Ela já me esperava no portão (eu demorei né?! :$). Abri a boca, engoli seco, inspirei a quantidade de ar necessária pra falar tudo numa frase só...
E ela foi mais rápida que eu (=P).

“Preciso passar lá no trabalho da minha irmã pra deixar a chave com ela.”

Droga, não dava pra começar a falar e depois ter que fazer uma pausa para ela falar com a irmã e em seguida apertar o play. (¬¬’) Sabia lá eu como ela ia reagir! Vai que volta do mesmo lugar! Ou resolve me bater pra ver se eu “crio juízo”. Ou tem um troço no meio da rua de susto! Ou liga pra minha mãe e pergunta se eu estou doente! Ou pior! Me arrasta para uma igreja pra tentar tirar o diabo do meu corpo!!!! (Ok, ela nunca faria essa última...).

Não tenho ideia do que ela foi falando até o trabalho da mana dela (desculpa, eu estava nervosa...) Eu estava muito ocupada confabulando as possíveis reações dela à minha grande revelação.

Chave entregue, hora de irmos para nosso passeio habitual. Essa era a hora! Fala agora ou cale-se para sempre!

Eu:
“Amiga... Sabe a Patinha, que eu apresentei pra você no MSN?”

Joaninha (com ar de “e?”):
“Aham...”

Eu (quase infartando):
“Eu me identifiquei tanto com ela... Por que nós temos uma outra coisa muito forte em comum...”

(Coitada da Patinha, toda vez que eu resolvo contar pra alguém ela roda junto...)

Joaninha (com expressão não-identificável):
“Sei...”

Eu (provavelmente já com células cardíacas a menos):
“É que... “
(engolindo em vácuo já...)
“Eu estou gostando de uma menina...”

Ela (agressivamente):
"...


Continua...

Muuahuahuahuahuhauha... (risada malígna) Aguardem...


=)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A Frase que marcou minha vida!

Eu era apenas uma inocente pré-adolescente (ente, ente), ainda sem nenhuma ideia “tipo B” concreta na cabeça (é, já as inconcretas...), quando essa história se passou.

Tenho uma parenta (alguns anos mais velha que eu) que sempre jogou futebol, por vários times diferentes (aliás, sendo a única hetero na maioria deles. Como o futebol feminino é dominado! oO), e eu sempre fui sua fã incondicional. Consequentemente, estava presente na maioria dos seus jogos.
Além de amar futebol (hehehe...) havia outra coisa que me fascinava em ir aos treinos e jogos: observar as garotas homo agindo (olha aí as inconcretas...) achava o “modo de ser” das moças (que nem sempre pareciam moças) muito interessante. E minha querida parenta (fofoqueira) também alimentava a minha mente me contando todos os “quem pegava quem” das garotas (não tinha dó da minha inocência! =P).

Aconteceu que em uma determinada ocasião (que não me lembro exatamente quando), depois de um jogo, saí com minha parenta e as garotas do time para comemorar uma vitória (me lembro exatamente onde). Foi uma noite divertidíssima (acho esses superlativos tão formais...), pude exercer meu passatempo “obervativo” por horas e “pegar no ar” as mais variadas conversas (as meninas eram contidas também, às vezes!).

No fim da noite, enquanto caminhávamos de volta para o “lar doce lar” da minha parenta (ai como eu amava quando ela morava “lá”), presenciei (absolutamente calada) a conversa com a frase que marcou minha vida.

Parenta:
“Mas como você teve tanta certeza que não gostava de homem?”

Garota diferente:
“Foi na primeira vez que beijei uma mulher...”

Parenta:
“Mas por quê?”

(Eu, em pensamento claro: “É por quê?? Responde logo??”)

Garota diferente, com ar suspirante:

Porque da primeira vez que beijei uma garota, descobri que beijo não tinha gosto de parede.”

Como assim gosto de parede!? oO E eu que não tinha beijado nem homem ainda! Ia ter que beijar parede pra fazer a comparação?! oO

Parenta:
“Hauhauhauhauhauhauha...”

Garota diferente, tentando explicar:
“Ah... É sim. Quando beijei a primeira garota foi muito mais...”

Eu... Esquecendo todo o mundo ao redor pelo resto da noite... “Beijar não tinha gosto de parede...”

Não me lembro o que mais foi dito na conversa, só essa frase ficou na minha cabeça, tanto que me lembro dela até hoje! Mais uma prova que a verdade era visível! (eu que ainda era míope! xD)


Esse post não vai terminar com nenhuma “historia no ar”! (Droga, é tão legal quando consigo isso... =/) É que no próximo começarei a contar a outra parte da minha historia (ou seja, pós “aceitação de mim mesma”!) Até breve!

=)